quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um anjo de nome Frederico!

Um anjo de nome Frederico
por Douglas Felliphe
- As crianças estão entrando na capela Felliphe, isso não pode acontecer. Estou sempre encontrando um prato com comida lá dentro. Isso não pode acontecer, é um absurdo!

Foi desta forma que o silêncio de minha sala foi violentamente interrompido. Padre José nem nos saudou com seu habitual bom dia!
Sua fala estava mergulhada em uma profunda preocupação. Alguém estava colocando em risco a Capela que a duras custas foi conseguida junto ao Bispo.

- Já pensou se o Bispo entra na Capela e vê aquele prato de comida? Resolva isso, por favor!

Mesmo sem compreender do que Padre Jose estava falando, eu aceitava as suas preocupações. Sou testemunha de sua luta para a construção da Capela que foi dedicada a nossa Padroeira, Nossa Senhora das Graças. Reuniões e mais reuniões, projetos daqui e dali. Mas enfim, a Capela foi construída - com todas as ressalvas da Diocese, mas Padre José conseguiu.

No interior da Capela estava o Sacrário, bem ao lado de uma relíquia da Igreja: uma imagem de Nossa Senhora das Graças, datada de séculos passados.

Padre José entrou com seu jeito particular de ser, expôs a sua preocupação e foi embora. Deixou-me mergulhado em meus papéis, com o desafio de ser a sentinela de sua Capela.

O trabalho social da Igreja rendeu á capela uma creche e uma escola infantil. Um número alto de crianças é atendido diariamente. Todas peraltas e serelepes. Mas de uma coisa todas sabem: Não poderiam entrar sozinhas na Capela, na “Casa da Mãe do Céu”. Não era aceitável que entrassem na Capela na hora da refeição. Todas deveriam comer juntas. Mas se realmente a regra tiver sido quebrada, porque levar um prato de comida?

Perguntas que careciam de respostas. Afinal de contas a Capela do Padre Jose não poderia correr nenhum risco. O que os fiéis iriam falar ao saber que um prato de comida estaria sendo posto aos pés da Santa?

Na hora do almoço fui para a Capela. Ela estava intacta, sem nenhuma pista do autor da travessura. A porta estava entreaberta. Entrei e tudo estava como sempre: A vela acessa, o Sacrário como morada do Eterno com os seus lírios sob sua superfície, ao lado estava a Imagem de Nossa Senhora das Graças, imponente em sua altura, com quase um metro e meio, mas delicada em seus detalhes. Quanto maior se é, mais detalhes se têm! Guardando a imagem, sua redoma de vidro. Trata-se de uma relíquia.

Aproximei-me do Sacrário e fiz minhas orações. Olhei para a Imagem da Santa e fiquei em silêncio. No fundo da Capela havia uma pequena sacristia. Fui para lá e fiquei aguardando. A porta ficou entreaberta, esperando para ver quem era que estava visitando a Capela diariamente com um prato de comida.

Ouvi as crianças se arrumando no refeitório para a refeição. A Capela continuava da mesma forma, porta entreaberta, o Sacrário, a Imagem e eu.

Após uns quinze minutos, alguém surge à porta da Capela.
Abriu a porta com cuidado, na intenção de não fazer barulho. Colocou a cabeça para dentro e olhou para ver se não havia ninguém. Era Frederico!
Frederico é um menino novo em nosso meio. Esta na Escolinha há mais ou menos um mês. Chegou até nós vindo de um abrigo do Poder Publico. Um menino com apenas oito anos de idade, mas que já experimentou os piores sabores da vida.

Desde sempre nunca conheceu o pai. Quis a vida que fosse assim. Cresceu vendo o pai de seus amigos brincarem com seus colegas. Adentrava as brincadeiras não para se alegrar, mas para viver por apenas alguns minutos a alegria de ser filho, de ter pai!

Mas se por um lado nunca teve um pai, de outro tinha uma hiper mãe. Dona Josefa. Mulher de fibra e de garra. Educou sozinha o seu filho. Não abriu mão do ato de ser mãe, ao contrario, foi mãe e pai para aquele menino.

A luta foi tanta que a levou a contrair uma pneumonia. Cuidou de seu filho sem hesitar. Priorizou tanto o garoto que se esqueceu de cuidar de si mesma.

Nos últimos meses a vida não foi nada fácil para aquela família.
Se não bastasse à vontade de ter um pai, Frederico convivia com sua mãe lutando contra a fome de alimentos, de comida. Dona Joséfa não sabia o que fazer: comprar alguns remédios ou um pacote de arroz para seu filho.

A vida por seus motivos lhe tirou seu pai, sem mesmo ele nunca o ter visto. Agora a mesma vida, através de uma pneumonia, lhe tirava a sua mãe.

Dona Joséfa não suportou a doença e faleceu. O motivo foi a pneumonia. Mas na inocência de Frederico a sua mãe morreu de fome.

Sem família, foi parar nas mãos do Poder Publico. Ficou em um abrigo, entregue a realidade desses centros de cuidados, mas que infelizmente nem sempre conseguem cuidar dos garotos e garotas.

Um dia Frederico encontrou com um Juiz em uma dessas visitas. Disse ao magistrado que não queria ficar ali e, caso fosse obrigado a ficar, iria fugir.
O Juiz não poderia fazer: mas fez! Entrou em contato conosco e conseguimos uma vaga. A partir de então Frederico fica no colégio da igreja durante o dia e volta para o abrigo no final da tarde.

Agora ele estava ali, na porta da Capela. Abriu a porta e entrou.
Mas não entrou simplesmente como se estivesse em um lugar comum. Aquele espaço era especial. Tirou as sandálias e as deixou no canto da porta. Limpou seus pés no tapete e adentrou cautelosamente.

O ato de deixar as suas sandálias demonstrou o seu respeito. Naquele lugar ele não queria entrar com as sandálias empoeiradas, com as marcas de lágrimas derramadas em seu dia a dia. Ali era lugar do coração, da esperança.

Entrou silenciosamente. Como anjo foi pisando e voando sobre aquele chão. Não havia barulho, era apenas silêncio.

Fiquei imaginando que Frederico estava fazendo o mesmo movimento dos anjos ao se aproximarem do Sagrado. Silêncio e respeito. Não como nós, que entramos com celulares tocando, tropeçando nos bancos e gritando a comadre que está do outro lado da Igreja.

Permaneceu diante do Sacrário com o mesmo silêncio de sua entrada. Eu apenas admirava. O seu olhar falava coisas que ninguém poderia ouvir, e realmente não era para ninguém ouvir.

Depois de alguns minutos colocou a mão em seu bolso e tirou uma fruta, colocando-a aos pés do Sacrário. A maçã fazia parte de seu almoço.
Afastou-se do Sacrário e caminhou em direção a Imagem da Santa.
O mesmo movimento de silêncio e palavras não ditas se repetiu. Apenas um diferencial. Uma lágrima surgiu em seu rosto. Pegou um prato de comida que havia deixado sobre o banco e colocou aos pés da Santa.

Eu apenas olhava. Aos poucos foi se afastando da Imagem, mas com o seu olhar fixo na Santa. Não me contive e aproximei-me, respeitando o seu clima e o seu rito de silêncio.

Ao chegar a seu lado, nada falei. Minha intenção era comungar daquele momento lindo de adoração.

Frederico, sem tirar seus olhos da Santa e com a voz embargada me disse em tom baixo: - Tio, eu sei que eu não posso ficar aqui, mas não pude resistir. A Tia Odiméia falou que neste lugar mora o Papai e a Mamãe do Céu. Quem dá comida para eles? Minha mãe morreu de fome e eu não vou deixar a Mãe do Céu morrer também!”

A inocência daquela fala me tirou o ar e quebrantou o meu coração. Não havia resposta para aquela pergunta.

Frederico, ainda com os olhos fixos na Santa, procurou minha mão com seus dedos singelos e continuou a sua fala: - O senhor não tem a chave dessas caixas não? Quero tirar o Papai e a Mamãe do céu de lá, acho que eles estão com fome.

Naquele momento o Eterno se fez presente. Com poucas perguntas aquele menino, que já havia passado por tanto sofrimento, me propiciava experimentar a mais bela defesa de Teologia.

Segurei firme em sua mão, olhei para ele e apenas o abracei. Saímos da Capela alimentados. Não lhe falei nada. Ele também não pronunciou mais um palavra sequer. Ao sair pegou as suas sandálias e correu para brincar com seus amigos.

Eu fiquei por alguns instantes ali na porta da Capela, olhando para a Santa e ecoando em mim a fala do menino.

Aprendi muitas coisas naqueles poucos minutos com Frederico. A sensibilidade da criança, a inocência de seus pensamentos, o gesto singelo de zelo e o carinho pelo Sagrado. Mas algo muito em especial transformou a minha vida: O conceito dos Sacrários abertos, escancarados!

Ao perguntar a mim onde estava a chave para abrir o SACRÁRIO, Frederico expressava um desejo do Eterno.

Fica uma lição para a vida: Somos Templos Vivos de Deus. Sacrários Vivos! Muitas vezes trancafiamos em nós o Sacrário, limitamos Deus a nossos gestos, a nossos gostos, a nossas vontades.

A pergunta do garoto deve ecoar, mas não pelas construções arquitetônicas, mas em nossos corações.

Onde está a chave de nosso Sacrário? Onde ela está para abrirmos e o levarmos a todos aqueles que precisam experimentar esse Deus Vivo, que insiste em habitar em nós?

No ato de levar comida para o Sagrado Frederico me alimentou. Deus tem muita mais fome de nós, do que nós Dele. Deus é faminto por nós!

Ah, antes que eu me esqueça, com relação a Padre José eu não poderei fazer. Como disse meu amigo Frederico, “A mamãe do Céu não pode morrer de fome”!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eloá....

Um namoro, um sequestro, uma morte......
Restou uma lição????

Por Douglas Felliphe
Algumas semanas após o falecimento e sepultamento da jovem Eloá, me sinto um pouco mais a vontade para escrever algumas linhas sobre o caso.

A vida, com suas dores e fatalidades, por vezes nos tira do eixo do cotidiano, apresenta suas surpresas que, como diz o próprio nome, não esperamos, e não esperando, nunca sabemos como reagir.

Em um domingo, a mãe almoça com a filha. Juntas, tiram os pratos da mesa e passeiam pela vida através de recordações, relembradas ali, na cozinha da casa, enquanto uma vai lavando a louça e a outra guardando os pratos.

No dia seguinte, a mãe é impedida de entrar em sua própria casa. A filha, que horas atrás sorria de felicidade, nesse momento chora tendo o mesmo território da cozinha, que antes era palco de risadas, e agora dá lugar a seu cativeiro sob a mira de uma arma.

A vida e suas surpresas. A vida e seus ensinamentos.

Esse texto não tem como objetivo fazer nenhuma análise sobre o caso Eloá. A única intenção é tentar ler as entrelinhas dessa fatalidade para observar além de uma ausência, de uma saudade, e responder a questão: o que mais Eloá nos deixa?

Muitas vezes a vida humana imita a natureza.

Uma semente para que se transforme em uma bela e frondosa árvore precisa passar pelo movimento doloroso da morte para que depois possa oferecer sua sombra e seus frutos.

Lanço-me no desafio de enxergar as coisas assim. Prefiro ver que Eloá não deixou apenas uma lembrança e saudades, mas que sim, deixou um desafio para nós, um desafio que consiste em re-formatar nossas famílias, nossa sociedade, nossa juventude, para que esses possam oferecer sombra fresca, tranqüilidade e bons frutos para nossos filhos.

Prefiro acreditar também que Eloá não foi seqüestrada naquela tarde de segunda feira, mas sim há 3 anos atrás.

Prefiro acreditar que Eloá entrou em um seqüestro profundo e longo ao iniciar seu namoro com apenas 12 anos de idade.

Prefiro acreditar que não somente Eloá era vítima desse seqüestro, mas que eu, você, e nossos filhos também passaram pelo mesmo processo de seqüestro. Passamos ao entregar nossas crianças precocemente aos namorados, aos jogos de vídeo-game, ás comunidades inférteis de Orkut, a conversas intermináveis em MSN, a amizades contaminadas.

Lindemberg Alves representa apenas uma realidade. A realidade de uma sociedade que a cada dia mais intensifica seu processo de seqüestro de nossas crianças, de nossos jovens.

Uma sociedade que seqüestra o tempo de nossas crianças, o direito de brincarem com seus “carrinhos” e “bonecas” e os coloca em cativeiros dentro das lan houses.

Uma sociedade que seqüestra o tempo de nossas adolescentes de simplesmente serem adolescentes, as colocando em cativeiros de relacionamentos inférteis.

Uma sociedade que seqüestra de nossas crianças e adolescentes a liberdade de serem adolescentes e crianças, os colocando em cativeiros do mundo adulto.

Não permitem nossas crianças de serem crianças, as querem adultas, tecendo relações adultas.

Porém, vale ressaltar que eu e você também somos esses seqüestradores.

Somos seqüestradores todas as vezes que, ao invés de colocarmos nossos filhos em nosso colo para aprenderem a ternura de um seio familiar, os colocamos no colo de seus namorados.

Somos seqüestradores todas as vezes que ao invés de sentarmos com nossa família para uma conversa e uma partilha, preferimos sentar em frente à TV e ver a ficção de uma novela.


Desta forma, termino esse texto pedindo a libertação de tantos e tantos que hoje estão seqüestrados, mas também meu pedido de desculpas a todos, pois também sou seqüestrador!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Quem será que manda nisso aqui!

Se tudo correr conforme o script, finalmente o ministro da Defesa Nelson Jobim depõe logo mais na CPI dos Grampos na Câmara dos Deputados.

Jobim deve esclarecer as afirmações de que a Abin possui equipamento capaz de fazer escutas telefônicas, o que a Abin nega e é contra a lei, porque não faz parte das atribuições da agência. Quem pode fazer escutas telefônicas com autorização da Justiça é a Polícia Federal.

Mas Jobim também está numa saia justa danada (situação esquisita num homão daquele tamanho). Mandou informar à CPI que as Forças Armadas realizaram sete grampos desde o ano passado.

Pois não é que o ministro foi desmentido por seu próprio pessoal. O Superior Tribunal Militar e o Ministério Público Militar já tinham informado oficialmente à CPI que as Forças Armadas fizeram 234 escutas telefônicas.

Vou repetir: 234 escutas telefônicas! Não é extraordinário?!

E o ministro Jobim sequer ficou corado. Não pediu demissão, não demitiu ninguém. Nada.

Outro dia mesmo, o deputado Protógenes Guimarães afirmou que recebeu a ajuda de “alguns” agentes da Abin, que atuaram informalmente na Operação Satiagraha.

Em seguida, ficamos todos sabendo que “alguns” eram 56! Isso mesmo: 56 agentes da Abin atuaram na Operação Satiagraha.

Ontem, como se não bastasse mais nada, o segundo homem na hierarquia da Polícia Federal foi preso, acusado de corrupção passiva e de passar informação privilegiada às empresas de Eike Batista.

Tudo isto reforça a convicção de que ninguém manda nada nestes aparatos de inteligência.

Não manda o ministro Jobim, não manda o general Jorge Félix, não manda o ministro Tarso Genro.


Isto é ruim. Quando os porões ganham autonomia, perde a democracia.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dia Nacional de Combate ao Fumo

Em homenagem a meu amigo, Brunão!!!

Hoje é o dia nacional do combate ao fumo. O ideal é que pelo menos nesse dia todos fiquem sem fumar. Mas sei que é pedir muito. Onde moramos é impossível passar um dia sequer sem levar fumo.


Em nosso país também é proibido praticar a eutanásia. Mas não é proibido fumar. Isso significa que você não pode acabar com o sofrimento. Mas se quiser começar com ele tudo bem.


A parte mais intrigante do mundo do tabagismo sem dúvida é o filtro do cigarro. Ele filtra o quê? Fumar um cigarro com filtro é semelhante a coar o café numa biruta.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Se Liga 16

Por Lucia Hippolito

Lembram-se dessa campanha?

Durante a Constituinte, a UNE e outros movimentos estudantis lançaram a campanha “Se liga 16”, para conscientizar os jovens sobre a importância do voto e para convencer a Constituinte a diminuir a idade mínima para votar.

Como resultado da campanha, a Constituição de 88 adotou o voto facultativo para jovens de 16 e 17 anos. Nas primeiras eleições, foi maciço o alistamento eleitoral dos jovens.
Entretanto, desde 2004 este número vem caindo consistentemente, confirmando o enorme desencanto dos jovens com a política.

Vamos aos números. Entre 2004 e 2008, o eleitorado brasileiro total cresceu 7,43%, de 121 milhões para 130,6 milhões.
(Como não há eleições em Brasília nem em Fernando de Noronha, deverão comparecer às urnas este ano cerca de 128 milhões de eleitores.)

Em movimento contrário, o eleitorado de 16 e 17 anos teve uma queda, entre 2004 e 2008, de 19%: caiu de 3,6 milhões para 2,9 milhões de eleitores jovens. Na cidade do Rio de Janeiro, então, a queda foi brutal: 35%, de 42,9 mil para 27,4 mil eleitores de 16 e 17 anos.

(Existe também uma crença, verdadeira em muitas cidades, de que os eleitores de primeira viagem são sempre convocados para trabalhar como mesários no dia das eleições.)

Seja em ditaduras ou em Estados democráticos, os jovens engajam-se na política principalmente quando esperam que amanhã seja melhor que hoje.

Há, indiscutivelmente, uma aposta no futuro.

Ganhe ou não as eleições americanas, Barack Obama já tem o indiscutível mérito de ter trazido a juventude americana de volta para a política. Nos Estados Unidos, os jovens não tinham tamanha participação política há quase 40 anos.

Mas no Brasil, a sucessão de escândalos impunes desde 2004 gerou na sociedade em geral, e nos jovens em particular, um tremendo desencanto com a política e os políticos.

Mensalão, aloprados, sanguessugas, violação do sigilo do caseiro, cartões corporativos, dossiê contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso, Daniel Dantas, a idéia de roubalheira generalizada e impune. Tudo isto afasta o jovem da política.

A sensação de impunidade, de que todos são iguais, “farinha do mesmo saco”, de que todos estão na política para “se arrumar”. A desilusão é grande.

E há também, não vamos nos esquecer, uma convicção generalizada – e não apenas entre os jovens – de que a política não afeta a vida quotidiana dos brasileiros.

A economia vai bem, o que é verdade. As pessoas estão comendo e comprando mais, o que também é verdade. Os empresários estão produzindo como nunca. Verdade também. Os banqueiros não conseguem parar de rir. Verdade verdadeira.

Então, por que se preocupar com a política?

Este é um grave equívoco. Equívoco que leva as pessoas de bem a abandonar a política nas mãos de... vocês-sabem-quem.

Contra isso, estudantes estão tentando reativar o “Se liga 16”. No Estado do Rio, o TRE se associou ao projeto. Escolas podem solicitar palestras e mesmo uma eleição simulada, para incentivar a participação dos jovens.

Para 2008, o slogan da campanha é “Vai ficar em cima do muro? Mude sua cidade para mudar o Brasil. Tire seu título: Se liga 16!”

Sem a energia, o entusiasmo e a dedicação dos jovens, não vamos muito longe. Vamos participar, moçada.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

DIA DO ORGASMO

Hoje é o dia mundial do orgasmo. Em datas especiais é comum dar uma festa. No dia mundial do orgasmo seria bom dar bem mais que isso.

O correto é que hoje todo ser-humano sentisse pelo menos um orgasmo. Menos as mulheres do Afeganistão, claro.

A coisa mais parecida na vida que encontrei com um orgasmo foi o meu salário. Pois eu dou um duro danado pra conseguir chegar nele. E quando chego é bom. Mas dura pouco.

Pelo menos o orgasmo eu consigo atingir sozinho se quiser. Já o salário só consigo alcançar a dois. E o chefe fica atrás.

Mulheres são famosas por fingirem o orgasmo. Eu dei muita sorte até hoje pois nunca peguei nenhuma mulher que tivesse fingido pra mim. Todas elas sempre foram sinceras e disseram: Felliphe, desiste.

O orgasmo é importante para os brasileiros, tanto é que certa vez uma ministra do turismo decretou o orgasmo como solução para a crise do apagão aéreo.

Mas o orgasmo não é importante só para os brasileiros. Ele é importante para todos os seres-humanos, pois a vida gira em torno disso. Pelo orgasmo se inicia a vida. E a vida que se inicia pelo orgasmo, quando cresce tudo que quer é sentir orgasmo. Mas quando você quer apenas sentir orgasmo e esse orgasmo acaba dando certo demais então nasce uma nova vida que você não planejou. Só nesse momento é que a pessoa vai finalmente conhecer o que realmente é foda.

Mas não esquente a cabeça com isso. Hoje é dia de comemorar.

Você não leu o título do post? Hoje é dia do orgasmo!

Então vai aproveitar! O que ainda está fazendo aí sentado em frente o computador na internet? Ah sim... claro... é assim que você comemora esse dia. Então, pô, passa a senha de uns sites aí... quero comemorar também.

sábado, 26 de julho de 2008

Histórias da vida real!

Final de semana não é o meu forte!
Gosto de agitação, de correria, de mil coisas acontecendo.... final de semana é tudo muito devagar... mas tudo bem..
Porém sei que muitas familias precisam do final de semana para ficar juntos, descansarem e coisas do tipo...
Por falar em descansar.... Bruno, tu não vai acordar não meu!!!
Bem, já que meu amigo Bruno mais um vez vive seu sono de descanso, fiquei sem opção, ou seja, vocês teram que ler mais um post meu!
Porem, hoje o dia esta tão devagar, que ate as palavras estão demorando para chegar....
Sendo assim, irei pedir ajuda para meus amigos. Sabe como?
Contando historias vividas por nós...
Vamos lá!


Carnaval de 2006. A falta de opção me convenceu a ir para o litoral com meu amigo Cordeiro. Eu fui deitado no banco, porque não estava nem um pouco empolgado com a viagem de merda.

Me surpreendi quando chegamos lá e eu levantei a cabeça pelo vidro. Eu contemplei a paisagem e as pessoas: Coqueiros, morenas rebolando e batuques de tambores. Tomei um choque e perguntei:

- Nossa.... chegamos na África?- Não..é a Praia Grande!

Mas não é essa a história que vou contar.

Acontece que ficamos um dia lá e não aguentamos. Resolvemos ir embora.

Afinal, como somos espertos, não queríamos ir embora no último dia do feriado, pois, todos iam querer ir embora nesse dia, e iríamos ficar presos no congestionamento.
Para nosso azar, todos que estavam lá eram tão espertos como nós, e ficamos presos no congestionamento.

Nem chegamos na rodovia e já tinha uma enorme fila de carros.

Segundo meu amigo Cordeiro, era só aquele "trechinho".
Engraçado: duas horas e meia depois, estávamos ainda naquele "trechinho".

Foi quando liberaram o lado oposto da Anchieta, na operação subida. Ou seja, os carros agora podiam subir na pista que normalmente é usada para descer.

Não pensei duas vezes e sugeri:

- Cordeiro... Sobe em cima do canteiro e atravessa pro lado de lá, porque senão vamos chegar em casa só na quarta-feira de cinzas
- Não..não... a gente pode tomar multa!
- Teu c...! Tá vendo guarda com caderninho aqui anotando quem vai subir no canteiro?
- Não não..deixa...


Foi quando vimos todos carros que estavam na nossa frente fazer adivinha o que?
Exatamente... subir no canteiro e atravessar pro outro lado da pista.
Então o Cordeiro se convenceu que não tomaria multa e fez o mesmo.

Acontece que, o carro atolou na lama do canteiro.
Não queria desatolar.
Era uma cena típica de Chapolin. Quem descia pra ver tomava lama na cara. Sem contar que se formou um congestionamento agora no canteiro graças ao nosso carro.
Seria o que, pelo raciocício do Cordeiro, poderíamos chamar de, um mini "trechinho".
Saindo do controle a situação, fizemos o óbivo. Descemos eu, a Débora (mina do dito cujo), Ed e Daniel para empurrar o carro.
Fazíamos muita força, mas o carro não saía do lugar.
Quando eu olhei para o lado, adivinha quem estava me ajudando a empurrar o carro? O motorista Cordeiro!


- Porra...Cordeiro... Vai lá no carro acelerar burro!
- Mas eu tenho que ajudar a empurrar também!
- Mas e o carro?
- Eu puxei o freio de mão!


Sim. Ele foi ajudar a desatolar o carro. Com o freio de mão puxado!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Essa é a Shantall

O mocinho da vigilancia sanitaria foi lá na casa da Shantall pra ver se tinha foco de dengue. Ele tocou a campainha. Shantall atendeu.


- Quem eh?-
É da vigilancia sanitaria. Vim ver se tem dengue.
- Hoje não tem moço.
- Eu preciso entrar e ver.
- Mas eu não te conheço.
- Prazer moça meu nome eh Jeferson.
- Isso não quer dizer absolutamente nada, você pode se chamar Sebastião e estar mentindo pra mim e nem ser da vigilância.
- A senhora é doida!
- E ainda é grosso. Tô sozinha. Naum vou deixar você entrar não.
- Eu tenho cracháááá!!!
- E eu tenho medoooo!!!!


Se visitar Jaú e pegar dengue, já tem a quem culpar...

Danilo Gentili e Dercy


Gente, CQC é uma das novidades mais celebres no humor.

Particularmente não perco um programa, os caras são bons demais!

Andando pelo blog de meu amigo Danilo Gentili vi esse post dele a coloco aqui para vocês!

Valeu Gentili



Só existe uma honra maior do que ser o último cara que entrevistou a Dercy Gonçalves: ser o primeiro. Mas seria muita pretensão minha querer ser Pero Vaz de Caminha.


Eu só não entendo as pessoas na rua me dizendo coisas como:- Você foi o último a falar com ela! Que sorte!


Sorte de quem? Pra Dercy foi um azar tremendo.


Ainda no assunto honra, só existe uma honra maior do que ser o último cara que beijou a boca da Dercy: ser o primeiro. Pelo menos aqui posso me sentir honrado em dobro. Pois fui o último que a beijou. E provavelmente o primeiro também.


Agora tenho que aguentar o pessoal na rua me dizendo coisas como:- Pô Danilo, seu beijo mata!
Talvez seja por isso que toda menina que fica comigo sempre some no outro dia.


Agora, se for realmente verdade que meu beijo mata então preciso tomar medidas drásticas urgentes. Preciso beijar a Marta Suplicy.


A verdade é que se foi o meu beijo ou não, ela morreu, isso é fato, e agora sim podemos afirmar uma coisa com toda certeza: os dinossauros foram extintos.


Mas ser o último cara que entrevistou a Dercy e o último cara que beijou sua boca não é nada perto da honra de ter sido o último cara que ela xingou.


Eu queria passar pra todos vocês a emoção enorme de ter recebido um exclusivo "vai tomar no cu" direto da boca da criadora dessa célebre frase, hoje dita por tantas pessoas em estádios de futebol, no trânsito e nos relacionamentos em geral.


Em sua última pergunta sobre a sua longa vida, nada mais perfeito que como última resposta ela desse justamente uma das frases que mais disse ao longo de sua longa vida.


Aposto que essa também foi a primeira frase que ela disse do outro lado após ter ouvido a morte reclamar:


- Já era hora hein! Daqui a pouco eu morria e quem ia te levar?

Mais um para as estatísticas...

Por Bruno de Alencar

Amigos e amigas, eis aqui mais uma vítima da violência da metrópole de São Paulo.


Sou um simples jornalista que trabalha em um pequeno canal de televisão na Avenida São João, centro de São Paulo.


Todas as manhãs, quando saio do meu trabalho, vou andando até a Estação de Metrô República. Passo por uma região conhecida como “cracolândia”. No meio do caminho uma pessoa estranha rompeu brutalmente com o a minha tranqüilidade.


Com uma faca em punho, anunciou o assalto. Levou-me R$ 30,00 mais umas moedinhas. Documentos e papéis ele não quis, apenas o dinheiro.

Nesta altura do campeonato, o safado que me roubou deve estar doidão com a droga que está consumindo, e eu estou aqui, doidão de raiva do lazarento que levou o meu suado dinheirinho.


Porque eu estou compartilhando essa experiência trágica?


Em fevereiro, o atual prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, declarou para o jornal Folha de São Paulo "hoje existe uma situação completamente diferente daquela que existia três anos atrás. Hoje é uma nova realidade".


Eu não posso falar como era há três anos atrás porque estou há pouco tempo me deslocando por essa região, no entanto a “nova realidade” não é nada boa.


Da janela do meu trabalho é rotineiro observar pessoas consumindo substâncias ilícitas.


Na mesma entrevista do prefeito á Folha, o secretário das subprefeituras da cidade, Andrea Matarazzo, declarou que "Você não tem mais o traficante instalado lá, mas você tem o usuário. Noventa por cento dos usuários que freqüentam o lugar não têm passagem pela polícia.".


Em uma entrevista um pouco anterior, datada de 31/05/2007, Kassab diz, "Minha administração é muito peculiar, porque eu não fui eleito. Acredito que isso será revertido no fim do governo, quando todo o trabalho que foi feito será mostrado", afirmou.


Eu queria que o excelentíssimo prefeito fizesse uma caminhada pela região da cracolândia, entre ás 05:00 e 06:00 da manhã, sem a companhia de seguranças ou da PM. Ou então que um membro de sua família faça esse percurso, mas alguém que ele ame muito, sua esposa, filhos (não sei se ele é pai), mas enfim, envie alguém para fazer esse percurso, já que a cracolândia não existe mais, ele não vai enfrentar perigo algum.


Sinceramente, enquanto estivermos nas mãos destes que estão no poder, não sei se o nosso futuro é melhor...


E quem me conhece sabe que eu até sou simpatizante do trabalho do Prefeito, mas afirmar que a cracolândia não existe é piada.


Infelizmente ainda não disponho de uma situação financeira para investir em um carro blindado igual ao que a maioria das autoridades circula.


Talvez quando uma empresa conseguir desenvolver uma roupa blindada semelhante á do Robocop eu compre uma. Prefeito, o senhor bem que poderia comprar essa idéia e incluir em seu plano de governo.


Antes de concluir, ontem, 23/07/2008, a Polícia Militar lançou o Sistema de Videomonitoramento da Capital. Abaixo está a localização das câmeras.


Pacaembu - 08

Parque Antártica - 14

Tiradentes - 03

Luz - 01

Consolação - 04

Santana - 03

Tucuruvi - 03

Elisa Maria - 11

Radial Leste - 04

Mooca - 08

23 de Maio - 07

Rebouças - 04

Parque do Carmo - 05

Santo Amaro - 03

Aeroporto - 04

Morumbi - 18

Total – 100


Desculpem-me pelo vocabulário, mas cacete, nenhuma câmera na Praça da República?

Até a PM está acreditando na balela do prefeito de que a cracolândia não existe mais? Ou será que eles preferem não ter o trabalho de flagrar a realidade?

Apesar de morar próximo do centro de São Paulo (20 minutos de carro) eu conheço pouco a região, mas se o Parque Antártica que a polícia se refere for a região alí do Estádio do Palmeiras, eu pergunto: Existe realmente a necessidade de 14 câmeras na região? Ou será que os policiais pretendem assistir aos jogos do Palmeiras? Caso seja um bairro afastado desta região eu peço perdão pela ignorância.

Outro detalhe, 18 câmeras no Morumbi?????????

Para quem não mora em São Paulo, e não entende este meu questionamento eu vou explicar.

O Morumbi é um dos locais mais nobres da cidade, ouso dizer que é um dos locais mais nobres do país.

Os bacanas de São Paulo precisam de atenção especial? Eu duvido que o Morumbi tenha mais crimes que a Região da Cracolândia. DÚVIDO.

Enfim, este é o nosso país, esta é a nossa realidade.

(Também peço desculpas porque a linguagem está bem simples e com alguns erros, mas neste momento nem estou preocupado com a linguagem, apenas quis compartilhar minha indignação)


Ass. Outro otário, vítima da violência.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

LDU... desculpe-me o os tricolores cariocas


Gente, esse blog é de todos e também falamos de todos!


Sei que meu amigo e jornalista Bruno de Alencar irá argumentar que este post é coisa de são paulino chorão, mas não é.


Vi essa foto hoje na internet e não posso deixar de posta-la aqui!


Fluminense..... não foi dessa vez!!

Até as praias!!!


Se nao bastasse privatizar tudo nesse país, agora sobrou até para as praias.


Com licenças concedidas pela prefeitura, alguns poucos viram donos de trechos de areia destinados ao esporte.


Cuidado em gente, daqui uns dias a privatização vai chegar na varanda de sua casa, isso é... se já nao chegou!!!


Por favor, privatizem minha sogra também!!

Extintor... essa é demais!!!

Na carceragem da Polícia Federal de São Paulo, um nigeriano com mais de dois metros de altura, à espera de extradição por tráfico de drogas, costuma ficar completamente nu nos dias de calor.

Seus atributos físicos, de dimensões folclóricas, resultam no apelido de "extintor", dado pelos carcereiros.

Dividir cela com o "extintor" desperta mais medo nos presos do que qualquer Operação Satiagraha.

RG com CHIP


O Ministério da Justiça e a Polícia Federal divulgaram na terça-feira 8 o novo modelo de carteira de identidade que entrará em vigor no País a partir de janeiro do ano que vem. O documento é similar a um cartão de banco e sua novidade é o chip que armazenará, além das impressões digitais, os números de todos os documentos de seu portador.

(Por Tatiana de Mello)


O que vocês acham disso?

Talvez cabe um dossie dentro desses chip's?


terça-feira, 8 de julho de 2008














Quantos precisam morrer para a sociedade acordar?


Por Bruno de Alencar


Na história recente do Rio de Janeiro as barbáries se sucedem.


Lembram de Tim Lopes? Um grande jornalista que foi pego no exercício de seu trabalho, realizando uma matéria para denunciar o quanto o Estado brasileiro está podre. Denunciando a fragilidade do nosso sistema. Denunciando o que todos já sabemos: quem manda não é o Estado, representado pelo poder público, quem está no poder são os Criminosos.

Alguns anos depois, no dia 7 de fevereiro de 2007, novamente o país para, chocado pela brutalidade do crime que ficou conhecido como “caso João Hélio”.

Rosa Cristina Fernandes estava voltando para casa acompanhada dos filhos Aline, de 14 anos, e João Hélio, de 6 anos. Ela parou no sinal de trânsito quando homens armados a renderam e mandaram que eles saíssem do carro.

A mãe e a filha conseguiram sair a tempo, mas quando foram retirar o garoto que estava preso ao cinto de segurança no banco de trás, um dos assaltantes bateu a porta e acelerou o veículo. João Hélio ficou preso pelo lado de fora do veículo e foi arrastado por sete quilômetros.

A imprensa denunciou a violência do caso e os bandidos foram presos, igual ao ocorrido com Tim Lopes, onde os bandidos também foram parar na cadeia.

Mas será que se a imprensa não divulgasse tanto os fatos, se o caso não tivesse tomado proporções internacionais, os criminosos iriam mesmo para o xilindró?

Hoje o Brasil chora por outro caso de violência.

Dessa vez o próprio Estado puxou o gatilho, na figura de policiais totalmente despreparados.

João Roberto Amaral, de apenas 3 anos, estava no carro com sua mãe Alessandra Amaral e com o irmão de nove meses quando o veículo da família foi covardemente almejado por tiros.

Os policiais afirmaram que estavam perseguindo assaltantes quando houve o tiroteio. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que os PMs confundiram os veículos e atiraram contra o automóvel onde estava a criança.

No depoimento, os dois policiais militares ainda tiveram a cara de pau de afirmar que não atiraram no carro de Alessandra Amaral, mas sim que atiraram nos criminosos. Os tiros só cessaram quando a mãe saiu do veículo desesperada pedindo socorro.

O “nobre” secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, veio á imprensa e pede desculpas pelo ocorrido, embora reconheça que "um fato como esse não tem desculpa". Mas se os PMs afirmam que não atiraram, por que pedir desculpas? Isso, em minha opinião, é uma confissão da incapacidade do Estado em gerenciar a segurança pública.

Beltrame ainda afirmou que "o policial que sai para a rua em um domingo a noite em uma zona que tem 19 morros já sai preparado, vigilante." O secretário ainda reconhece que faltou "treinamento, raciocínio, análise de critério."

Leiam mais uma vez a declaração do secretário. Pelo amor de Deus. A falta de responsabilidade do Estado do Rio de Janeiro já chegou ao seu pior estado de podridão.

Justificar o despreparado da PM por causa da tensão a que são submetidos? Mas porque o Estado deixou a situação chegar a esse ponto?????

Eu não tenho filhos, mas quando eu leio a declaração do pai do garoto João Roberto eu confesso que fico indignado.

"Eles [policiais] metralharam o carro da minha mulher e não deram chance de defesa. Tinha criança dentro do carro. Quase que matam a família toda. Minha mulher está com o corpo cheio de estilhaços", afirmou Paulo Roberto Amaral, pai de João Roberto.

Eu rezo por todos. Eu quero com todas as minhas forças não guardar rancor no meu coração. Mas às vezes penso que a situação só vai melhorar quando os políticos estiverem na mira dos bandidos.

E por falar nisso, recentemente um relatório informou que 81% dos políticos cariocas respondem na justiça por crimes supostamente cometidos. Sinceramente, acho que isso explica a situação de calamidade pública vivida no Rio de Janeiro.

Alguém lembra de um caso envolvendo filhos dos excelentíssimos políticos?

Até quando vamos nos calar? Quem será o próximo João??????????

Quando os jornalistas apuravam os fatos que envolveram a morte de Tim Lopes, os criminosos gritavam: “Vai ter mais Tim... vai ter mais Tim”. Eles cumprem o que falam, todos os dias temos mais Tins, Marias, Joãos...

O Rio de Janeiro não é o único Estado onde a violência impera. O Brasil todo é um grande Rio de Janeiro!

segunda-feira, 7 de julho de 2008


onde foi que eu escondi o relógio que pendura o tempo?

Michele.... Sou Assim ( essa é só festa)


tem uma festa, me jogo

tem som, eu danço

tem comida, como

tem amigos, risada

tem solidão, sofá e pão de queijo

tem chuva, faço meu sol

tem fumaça, tenho fogo

tem balada, animação

tem casa caindo, puxo o cabelo

tem dor de cabeça, cefaliv

paixão, cabeça voando

tem indecisão, como o cantinho da unha

tem mudanca, corto o cabelo

não tem nada, me faço tudo

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Boteco


Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda,nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüentaanos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão - é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

- Ô Betão, traz mais uma pra a gente - eu digo, com os cotovelos apoiadosna mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionaisda nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda,quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais depetit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasile tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim.Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós,meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos:ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.


O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belodia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas,cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí agente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente,ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina aVejinha, abomina mesmo, acima de tudo.



Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos:os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas delata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, agente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.


Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira(que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, enós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?.


- Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?


* João Werner. Texto integrante do volume As Cem Melhores Crônicas Brasileiras,organizado por Joaquim Ferreira dos Santos.

Bar ruim é lindo, bicho


* Antonio Prata

quinta-feira, 3 de julho de 2008











Sedentos por sangue! Os abutres morais.

Por Douglas Felliphe

&

Bruno de Alencar Laurindo

A cada novo fato violento que tem uma repercussão na mídia um grupo de “terroristas morais” reaparece sedento por sangue.

Quando esse fato envolve um menor de idade então, só faltam vibrar de alegria. Até parece que torcem para que os menores cometam crimes.

Muitos desses indivíduos são, teoricamente, “representantes do povo”, pseudo-intelectuais que se julgam representantes da sociedade civil organizada, fazendo um discurso populista pela redução da maioridade penal.

Algumas vezes utilizam argumentos que podem convencer as pessoas. Conseguem influenciar um grupo de pessoas, na sua grande maioria indivíduos que possuem pouco entendimento, ou então pessoas que se ficam chocadas com fatos isolados e, insatisfeitos com o poder público, acabam concordando com tal argumento.

Adoram comparar a realidade brasileira com outros países. É bem verdade que nos Estados Unidos a maioridade penal se dá aos 7 anos, na França 13, Inglaterra 10, Itália 14, Japão 14, Portugal 16.

Mas o que diferencia esses países do Brasil? O que eles têm que nós não temos?

Fica muito clara a diferença brutal que estamos desses países. A começar pela classificação econômica. Todos os países citados acima estão entre os “países desenvolvidos”. Nós ainda somos um “país emergente”, e pra chegar ao patamar de Estados Unidos, Japão e outros, precisamos ‘comer muito feijão’.

Será se esses abutres morais conhecem a realidade das penitenciárias do Brasil?

Cabe ressaltar que a Constituição Federal em vigor dispõe no artigo 228 que são plenamente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos ás normas da legislação especial. Assim sendo, não sabe mudança por Emenda Constitucional, sendo necessário uma nova constituinte para estabelecer a redução da maioridade penal.

O deputado Fernando Gabeira1 afirma em seu blog que “Não é preciso visitar as cadeias do Brasil para descobrir que uma parte da juventude está apodrecendo nelas...”.

Vou citar alguns números para que vocês vejam bem como nós estamos “bem classificados” no ranking2 prisional.

TOTAL DE PRESOS: 419.551
MANDADOS DE PRISÃO CUMPRIDOS: 550.000
PENITENCIÁRIAS: 1.855
AGENTES PENITENCIÁRIOS: 61.256
TAXA DE PRESOS POR HABITANTES: 221/100.000
CUSTO MENSAL POR PRESO: R$ 3.062,00

O Brasil é o quarto país do mundo em número de presos, estando à frente de países mais populosos como a Índia, por exemplo. Aliás, os 10 mais são:

Estados Unidos: 2.245.189
China: 1.565.771
Rússia: 889.598
Brasil3: 422.590
Índia: 332.112
México: 216.290
Tailândia: 161.844
Ucrânia: 160.046
África do Sul: 159.961
Irã: 150.321

Eu não quero defender a criminalidade. Mas eu quero questionar o Estado brasileiro.

Porque não são feitos investimentos para a Educação, Saúde, Saneamento básico?

Talvez seja interessante manter a criança/adolescente em uma cadeia pública, onde uma refeição custa, em média, R$ 20,00, um colchão R$ 350,00, e assim sucessivamente. Carinho, não é?

Alguém já gastou vinte reais em um restaurante? Com esse dinheiro dá para se alimentar muito bem, com direito a suco, sobremesa, e ainda ganha um cafezinho na saída.

Conversando com meus botões, tenho a impressão de que alguém leva alguma vantagem na redução da idade penal. Não sei, será?

Reduzindo a maioridade penal teríamos mais alvos para enviar para as cadeias. E por falar de novo em cadeias, se alguém conseguir me explicar como um presídio público recupera um detento eu pago um almoço.

Se as penitenciárias não conseguem recuperar adultos, o que dizer dos menores?

O PCC e o Comando Vermelho iriam educar os jovens?

Ninguém esta disposto a analisar o contesto social e a omissão do Estado que leva as crianças e jovens a cometerem crimes, alguns bárbaros e violentos como o caso do garoto João Helio.

Para que analisar as causas? Iremos chegar a um denominador de que o Estado precisa ser mais efetivo em seu tratar. Isso dá trabalho, e trabalhar é uma coisa que definitivamente eles não gostam.

Então é melhor ficar assim.....

“Reduzimos a idade penal o PCC e o Comando Vermelho cuidam deles pra nós”! É assim que esses abutres pensam.

Porque é utopia imaginar que as cadeias de nosso país ajudem alguém, a não ser preparando mais e mais soldados para o crime.

Têm outra explicação? Fiquem a vontade para comentar.

Referências Bibliográficas

1. Pesquisa realizada no site http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=259, ás 08:00, do dia 04/07/2008

2. Pesquisa realizada no site http://blogdocejunior.wordpress.com/2007/10/02/as-cadeias-do-brasil/ ás 08:20, do dia 04/07/2008.

3. Pesquisa realizada no site do Ministério da Justiça http://www.mj.gov.br ás 08:10, do dia 04/07/2008.

.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A você...Minha Eterna amiga.... BIBICA


Amigos sabem quando são amigos

Pois compartilham momentos...

dão força...

Estão sempre ao lado...

Nas conquistas...

nas derrotas...

Nas horas boas...

e nas difíceis

Amizade nem sempre é pensar do mesmo jeito...

Mas abrir mão...

de vez em quando...

Amizade é ter um irmão...

que não mora na mesma casa...

É compartilhar segredos...

emoções...

É compreensão...

é diversão...

É contar com alguém...

sempre que precisar...

É ter algo em comum...

É não ter nada em comum...

É não ter nada em comum mesmo...

É saber que se tem mais em comumdo que se imagina...

É sentir saudade...

É querer dar um tempo...

É dar preferência...

Amizade que é amizade nunca acaba...

Mesmo que apareçam outras pessoas no nosso caminho...

Porque amizade não se explica...

Ela, simplesmente existe!

Pensamentos...



Gostaria de sempre ter algo a dizer, como um pensamento que a gente solta e não vê.

Se eu pudesse escrever o que eu sinto cá, dentro de mim, meus papéis certamente sangrariam....

São os mistérios que não me deixam....


"A magnitude do mistério que nos rodeia" (Ernesto Guevara de La Serna, vulgo, Che Guevara)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Essa é para rir!!!


Tentativa frustrada de atravessar a fronteira Estados Unidos/México,disfarçado de banco de automóvel. Ele deve ter se inspirado na novela América.

Pérolas do Enem

É pra rir ou chorar?

Pérolas do Enem 2007 (sem mais comentários...)
O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino. (denúncia gravíssima: isto significa que vários ex-presidentes casaram-se com travestis)
O número de famigerados do MST almenta a cada ano seletivo. (e a burrice não “diminói‿!!!)
Os anaufabetos nunca tiveram chance de voltar outra vez para a escola. (nem de ir... Affff!!!)
Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar. (alguém poderia traduzir???)
O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba. (vende-se uma máquina de escrever faltando algumas letras!!!)
Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos. (algumas antas comem mulheres carnívoras, né?!)
Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana. (“sarneamento‿ deve ser a aplicação das teorias do Zé Sarney... eu “axo‿... mas não me “pré-ocupo‿ muito...)
Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia. (bom... deve ter sido o avô dele...)
O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro. (deve ter demorado o “céculo‿ inteiro pra fazer a mudança...)
A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje. (esqueceu da História em Quadrinhos)
Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam. (pena que a mãe dessa anta não era índia...)
Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos. (ou era uma “biga‿ macho que tinha duas “bigas‿ fêmeas, puxada por uma anta???)
No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando. (deve ter sido no tempo que chegaram as primeiras prostitutas lá...)
Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu. (Como será que eles tencionavam fazer isto???)
A capital da Argentina é Buenos Dias. (e de noite, nuda o nome pra Buenas Noches...)
A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão. (e a “prinssipal‿ função do gozador é morrer de rir com uma dessas...)
As aves tem na boca um dente chamado bico. (cruz credo...)
A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva. (Quando há uma epidemia, não deixa de ser verdade...)
Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos. (senão a anta morre...)
Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs. (“catatumbas‿... hein?!)
Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais. (o cérebro dessa anta não se “dezenvolveu‿!!!)
O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro. (essa anta não deve ter o tal nervo senão seu cérebro não seria tão obscuro...)
A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos. (esse deve ser gay...)
O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes.O (é verdade, de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações...)
Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas. (NÃO... Eu não li isso...)
As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas. (a noite deve ter ficado muito esclarecida com essa idéia luminosa...)
Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central. (procura-se urgente um Atlas Geográfico que venha com um Aurélio junto...)
As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet. (pornofonografia??? Tá... Então um CD dos Raimundos é pornofonografia...)
A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly. (e deve ter inventado também a Operação Furacão, que colocou alguns juízes no olho do clone...)
O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar. (tadinho do Papa...)
A devassa da Inconfidência Mineira foi Marília de Dirceu, a amante de Tiradentes. (rsrsrs... Misturou tudo...)
Hormônios são células sexuais dos homens masculinos. (Isso!!! E nos homens femininos, essa célula chama-se frescuromônios...)
Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba. (ao mesmo tempo que praticavam tiro ao ÿlvaro...)
Onde nasce o sol é o nacente , onde desce é o decente. (e a anta que escreveu isto é indecente!!!)
A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece? (e eu quase chorei...)

O algodão Doce


Por Rita Apoena


Quando eu era pequenina e espiava o mundo pelas grades do portão, via sempre um véinho


passando, gritando: Ói algodão! Um dia, resolvi sair e pegar a fila das crianças. Fiquei esperando


o véinho transformar açúcar em nuvens, açúcar em mágica, em pedaços de carinho. Quando ficou


pronto, mal podia acreditar! Peguei o algodão nos dedos e perna-pra-te-catar! Lá de longe, o


véinho gritou: Ô Ritinha, mas e o dinheeeeeeiro, Ritinha? Eu virei e respondi: Não, vô! Num


picisa de dinheiro, não! Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce tá bão! O véinho deu


risada e logo respondeu: É mesmo, né Ritinha? Só o algodão-doce já tá ótimo! Só o algodão-doce


tá bão! :)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Parabens!!


É Felliphe, não adianta se esconder.. Vc tá ficando mais velho

mesmo....kkk


Parabéns, cara! Vc é 10!!!


Ass.: EU MESMO, ORA BOLAS!!

Da noite para o dia!


Oi minha gente.


Encontrei esse texto em um blog de um amigo, nao poderia deixar de posta-lo aqui!


Da noite para o dia...
Meu povo, começo a semana com um saudável soco no estômago de vocês. Um texto pra refletir sobre a existência, para pensar em valores, para chorar e para rir.
É a primeira contribuição em texto que posto aqui e é de muita, muita qualidade.
Ele foi escrito por meu amigo de última hora, Evandro Bonocchi, que ainda tá meio perdido na Matrix dos deficientes (sabe que nem cachorro que caiu do caminhão de mudança? ). Ele conta pra vocês o que é acordar pela manhã, de repente, sem ter plenos movimentos e domínio sobre o próprio corpo.
O cara que, preciso admitir, passa de ano na belezura (ai, que gay), também tem um blog onde narra suas peripécias: o tocando a vida sobrerodas. Não tenho muito mais o que acrescentar, somente a agradecer a ele por ter nos dado esse presente.
Apertem seus cintos, abaixem o fogo do feijão, dêem mamadeira pros meninos, “arteiem” o volume do som e deixem as palavras do Evandro mudarem o seu dia... E tenho quase certeza que elas hão de mudar o seu dia.


Dia 9 de agosto de 2005, 19hs, acordo num quarto branco e gelado com várias infiltrações nas paredes, cinco pessoas me cercando, todas de branco. Até perceber o que tinha acontecido, levou uns 15 longos segundos...estava numa unidade de terapia intensiva, __Fodeu!!
Um dos médicos que lá estavam me pergunta se estou sentindo as pernas. ­­__Nada! Um frio passa pela minha espinha, uma sensação de medo toma conta do meu corpo. Rapidamente tento mexer meus braços e mãos. __Graças a Deus estão funcionando! Passo a língua nos dentes e percebo que estão todos no lugar.
Um outro médico vem ao meu encontro e me informa que sofri um acidente de moto e suspeita que lesionei a coluna cervical.
__Não vou mais andar? Perguntei.__Pode ser que não, pode levar até 2 anos para a medula voltar a ter a conexão perdida, disse o médico.
Um filme começou a passar na minha cabeça. Minha vida toda estava sendo exibida em seção única e sem cortes.
E agora, o que vai ser? E a minha namorada, o amor da minha vida? Meu futvolei? Perdi tudo! Acabou?!?
Tudo aconteceu em Ubatuba-SP.
Pela primeira vez na vida estava ganhando bem. Cheio de expectativas em relação ao meu futuro. Morar na praia, correr oito quilômetros todas as manhãs. Morar com a namorada, sexo dia sim dia também...Vida perfeita para um homem de 28 anos.
E agora?????????
Sete dias depois da cirurgia, haste de titânio com oito parafusos dentro de mim, (projeto de ROBOCOP) esse era o meu novo corpo. A minha lesão foi alta, T4, então não tenho sensibilidade nem movimentos dos mamilos pra baixo.
Com a titia, ainda no Sarah, em Brasília
Nesse dia viriam para me colocar sentado na cama. Com toda a certeza do mundo, foi a pior coisa que me aconteceu. Naquela hora eu vi o tamanho da cagada que tinha feito. Que sensação horrível!! Imaginem tentar deixar uma folha de papel em pé. Balançava pra frente e pra trás, como se estivesse sentado de lado num caiaque.
Após 27 dias de hospital fui pra casa dos meus pais.
Como um cadeirante caga? E pra mijar, deixa essa borracha aí mesmo?
Infelizmente, saímos do hospital e não de uma loja de eletrodomésticos, não temos manual.
Tudo é uma descoberta. Graças a Deus tenho pais maravilhosos que me deram dois irmãos fantásticos, costumo dizer que um é minha perna esquerda e o outro a direita.
Os primeiros dias foram difíceis, tremia de meia em meia hora sem saber por que. De repente, minhas pernas começam a mexer espontaneamente. A alegria toma conta do quarto. Mais tarde saberíamos que isso acontece mesmo, são espasmos. Que bosta!
Como resolvi tudo isso dentro da minha cabeça? Encaro as coisas com humor, faço graça da própria “desgraça”.
Uma coisa que me ajudou muito foram as visitas. Uns chegam e acham que vão encontrar um resto de gente e se assustam ao ver que a única coisa que mudou é o fato de estar sentado. Outros achavam estranho eu estar assim, rindo, contando piada da própria cagada (literalmente). Achavam que tinha batido não só a coluna, mas a cabeça também.
Mas a pior coisa para uma pessoa que fica nesse estado da noite para o dia é a dependência. Depender dos outros pra tudo é foda! Pega pra mim...quero isso...quero tomar banho...escovar os dentes..
Mas a virada pra encarar de frente essa “nova vida”, foi estar no Sarah, em Brasília (aquele hospital que arruma a funilaria da gente, que já contei procês). Quando cheguei ao hospital, me foi perguntado sobre o que esperava deles? Disse que se eles conseguissem me melhorar uma virgula, sairia de lá feliz.
Tanto saí, que vim embora pra São Paulo sozinho. Liguei pra minha casa e pedi que me esperassem em Cumbica, e assim foi. Cheguei melhor, mais forte e verdadeiramente mais “homem cadeira” do que nunca, pronto para viver dessa maneira, mas sem nunca deixar de lutar para me levantar.
Dois meses após o Sarah me casei. Continuo aprendendo a lidar com o meu corpo, e sempre é uma vitória quando faço alguma coisa nova, como nadar sozinho, jogar basquete, tomar uns comprimidinhos azuis e fazer festinha de noite (mente diabólica a de vocês, ele ta falando de confetes, sabe aquele doce?).
Me falta alguma coisa? Claro! Quero andar novamente.
Não sou nenhum revoltado, aceito o que aconteceu, vivo feliz e principalmente, adoro estar vivo! Mas jamais deixarei de sonhar. Quem não sonha não tem alma.