sexta-feira, 10 de maio de 2013

...Não me fez filho, mas me ensinou a ser humano!

Ela não me gerou, mas me criou. Não sou filho de seu ventre, mas acolhido de seu coração.

Em suas mãos tremulas, me deu firmeza. Não me fez filho, mas me ensinou a ser humano...

Por seus seios não fui alimentado, mas por sua dedicação, encorajado...

Não visitei por nove meses a intimidade de seu corpo, mas estabeleci residência em sua vida durante toda a eternidade....

Meu primeiro choro, foi ouvido por seus ouvidos. Sua última respiração, foi seguida de seu último olhar nessa terra em minha direção....

Não sou tudo o que ela me ensinou, mas sou tudo o que consigo ser, dentro do que ela sempre sonhou....

Hoje sigo, sem suas mãos estendidas em minha direção me ajudando a levantar quando minhas pernas pequenas não tinham forças para os passos que eu queria dar.....

Não a tenho a altura do abraço, a distância do beijo...

A tenho aqui, no lugar mais santo que minha limitação humana conseguiu criar.

Lá, antes de entrar, retiro as sandálias, pois lá o Divino se fez humano, com sabor, gestos e palavras....

Agradeço a ti, Dona Noemia, por ter feito o movimento contrário do nascimento, ao inves de me expelir de seu corpo, me levou para dentro dele, fez de seu coração a extensão do ventre que não me recebeu....

No dia das mães, sou grato por ser filho.

P.S: Receba minhas lágrimas. Entregue me sua benção e seu cheiro